A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma organização internacional que agrupa os estados onde a língua galega é oficial. Os membros de pleno direito são hoje oito: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste. Estes países somam um total de mais de 230 milhões de habitantes, com um PIB de quase 2000 trilhões de dólares americanos e uma superfície superior à de Canadá, o segundo país mais extenso do mundo depois de Rússia.
Para além destes oito países, há mais três estados que têm o status de observador associado. Estamos a falar de Guiné Ecuatorial, Maurícia e Senegal.
Mais quatro regiões de língua galega canditaram-se para fazer parte desta aliança pan-galegófona, quer como membros efectivos (Goa na Índia e Macau na China), quer como observadores associados (Galiza na Espanha e Malaca em Malásia). A adesão destas regiões fica por enquanto pendente da aprovação por parte dos estados aos que pertencem.
Dado o enorme interesse cultural, político, económico e estratégico da CPLP, diversos países não galegófonos também se têm candidatado como observadores associados; por enquanto: Andorra, Croácia, Filipinas, Indonésia, Marrocos, Roménia, Ucrânia, e Venezuela.
Não faz falta explicar o interesse estratégico fulcral que para a Galiza (berço da língua chamada hoje internacionalmente de português e por nós denominada galego) teria ser membro de pleno direito (representando à Espanha) de uma aliança internacional das dimensões e importância da CPLP. Tanto mais quanto a CPLP se acha hoje em pleno processo de reorganização e de redefinição dos seus objectivos, polo que é questão da máxima urgência a incorporação da Galiza às deliberações em curso. Fulcral, dizíamos, sem dúvida, para a Galiza, mas também para o Estado Espanhol e a União Europeia.
Para reforçar a credibilidade da candidatura galega, seria muito significativa a adesão oficial da Galiza ao Acordo Ortográfico da língua portuguesa, promovido pola própria CPLP.