Acabo de comprovar mais uma vez que na Galiza o estado-reino pode ser ultrapassado pela sociedade.
Foi nos tempos miseráveis do "Prestige", em que o estado/reino, governado pelos que agora de novo governam na CAG, se desentendeu do Povo Galego. Mas a sociedade foi capaz de vencer as dificuldades surgidas, sobrevindas pela incapacidade do estado/reino ou, antes, pela indiferença desse estado/reino face à Galiza ou contra o Povo Galego.
Foi depois da "vitória" do PP ou da "desvitória" do bipartido (pela sorrateira colaboração do PSOE com o PP...) que a sociedade se alevantou contra o estado/reino e reclamou o que é seu: o idioma. Ficou a médias, porque, em vez de fazer como fez na desgraça do "Prestige", continua a esperar que um partido nacionalista "espaÑol" radical, que é o PP, promova o que não é seu (do PP) e sim do Povo Galego. Por esse a sociedade galega sempre perderá...
Ultimamente está o assunto da seleção, da IRMANDINHA. Aí, de novo a sociedade demonstrou que é capaz de levar adiante o que os partidos nacionalistas "espaÑoles" radicais procuram levar para atrás.
GALIZA é o Povo Galego. Não é nem o PP nem o PSOE nem sequer o BNG ou NÓS-UP. Enquanto a sociedade (que dizem civil) não aja, não se mobilize como se mobilizou naqueles dias do "Prestige", tristes, graves, ou nestoutros, quase ridículos, da negação do "gobierno del PP" à seleção galega, enquanto não aconteçam essas movimentações cívicas em todos os campos, a Galiza continuará a esmorecer.
Mas o só facto de conseguir que a IRMANDINHA persista, contra vento e maré, é mais do que motivo de esperança.