Vieiros

Agosto de 2007

O Governo espanhol, numha de tantas disposiçons legais a tomar para adequar a estrutura da educaçom superior estatal ao Espaço Europeu, permite-nos enxergar mui de perto o oportunismo do Processo de Bolonha conforme às necessidades do mercado.

A grande Europa da mobilidade nom existe nem tam sequer no papel. Trata-se dum desenho bem elaborado de mercadotecnia prevista para reforçar no imaginário colectivo a figura da grande Uniom Europeia.

O Real Decreto que se tramita estes dias desde o Ministério de Educaçom recolhe as directrizes dumha Directiva europeia segundo a qual determinadas titulaçons nom som reguladas em parámetros continentais, sendo assim que psicólog@s, politólog@s, sociólog@s, trabalhadoras/es sociais, pedagog@s, biólog@s, geólog@s, entre outras licenciaturas e diplomaturas, carecem de quaisquer medidas orientadas à sua convalidaçom fora das fronteiras do Estado espanhol.

Polo que semelha, umha parte mui significativa das carreiras universitárias nom interessa, ou, quando menos, nom interessam todas o mesmo. Um dos elementos basilares do Processo de Bolonha, a convergência europeia, é, enfim, umha patranha. O fundamento nom é, noutras palavras, umha virtual homologaçom, mas a convalidaçom de determinados estudos segundo certos critérios de carácter mercantilista.

A UE do capital nom tem em grande consideraçom o labor dos e das profissionais das carreiras arriba citadas.

O estudantado da esquerda independentista, organizado em AGIR, quer mais umha vez chamar o conjunto da juventude estudantil a se comprometer desde as Faculdades e Escolas do País na luita contra os caprichos da Europa do capital e contra a dependência que sofremos de Madrid.

Contra a mercantilizaçom do ensino!
Organiza-te e luita!